sábado, 17 de dezembro de 2011

INCOerênCIAS para sobreVIVER...



Que incoerência escrever uma tese de doutorado sobre blogs de coletivos de dança e deixar este meu espaço pessoal tão abandonado!!!!! Escrevo, aqui, que incoerências nessa minha fase atual de vida, na qual preciso abrir trilhas como quem pinta uma tela - selecionando as tintas, traçados e priorizando escolhas, são necessárias para sobreviver. Vivo, pinto as cores da vida- ELISA, UFS, casa, marido, pesquisa, livros, escrita, computador, mercado, feira, comida, banho, sono, não dormir, não assistir televisão, sair, não ficar com Elisa, escrever ou não no blog, deletar o facebbok da minha vida e... e... ou... ou... incoerências como possibilidades de existir nesse momento. 

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

VIVER SEM TEMPOS MORTOS


OHHHH vontade! Imaginem Fernanda Montenegro em um monólogo sobre a vida de Simone de Beauvoir??? E que título é esse? Lindo... expressa, de fato, o tempo que vivemos.


AHHH SAMPA... que me dera uma imersão cultural!

sábado, 5 de novembro de 2011

AINDA EXISTE SALVAÇÃO PARA DANÇA DO VENTRE...



Replicando as idéias de Lorena, concordo plenamente com seu último post - a favor da dança orgânica (http://andancasdelory.wordpress.com/2011/11/02/danca-organica/ ). Assistir Orit é ter a sensação de que ainda existe a possibilidade da dança do ventre co-evoluir e sobreviver ao cardápio enlatado bellydance. VIDA LONGA A ORIT!!!! 


Bom de apreciar... 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O QUE CABE NA DANÇA DO VENTRE?




É nato do homem uma tendencialidade a classificar coisas, nomear, fazer topologias em caixinhas e guardá-las lá. E diante dessa constatação fico imaginando o quanto temos “alargado” essa caixinha – dança do ventre – para caber tantas famílias de movimentos, estilos, padrões, modismos, escolas, nomes de professoras e bailarinas, que transitaram e transitam nessa prática “sem fronteiras”. 

ABRE JANELA:
Coloco “sem fronteiras” entre aspas, uma vez que a ausência de fronteira que me refiro é a geográfica. Afinal a dança do ventre faz parte do mundo globalizado. Dança-se no Japão, no Egito, na Bahia e em São Paulo... Assim como em tantos outros lugares. Talvez, o melhor fosse escrever – “fronteiras móveis”.

Contudo, me parece que existe outro tipo de demarcação, que é cada vez mais real e excludente do que nunca: as fronteiras mercadológicas, que territorializam a dança do ventre em nomenclaturas escolares e particulares.  Que me faz pensar, que estamos muitas vezes reduzindo a dança ao contexto “particular”, e o mais grave globalizando o particular, sem ao menos refletir sobre isso. Um exemplo é o número de práticas/danças achatadas em um nome – Técnica Maria... Técnica Joaninha... Técnica Luluzinha... Nomeações particulares, finalizadas com o seguinte enunciado: A Arte da Dança do Ventre. Quem nunca se deparou com: Fulaninha tal, a Arte da Dança do Ventre?!!!!  Como se a dança do ventre tivesse um nome ou um sobrenome. Ou como se essa técnica particularizada/nome fosse a “carteira de identidade” de quem deseja fazer dança do ventre. Você já pensou que seu nome na dança do ventre pode ter muitas Marias, Joaninhas, Luluzinhas e isso ser uma etiqueta mercadológica e não a livre escolha de se fazer Arte/Dança?

E daí advém à segunda “encrenca”... Como definir a dança do ventre?  Na minha caixinha tem tantos nomes. Que me pergunto: o que cabe nela? O quanto está alargada... È dança do ventre ou “danças do ventre”?

Vamos ao exercício...

Tente responder: O que é dança do ventre, afinal??????

Fico imaginado a natureza das respostas. DANÇA DO VENTRE É... Pode-se TENTAR responder a partir de uma escolha conceitual, de uma prática de atuação, da historiografia ou de uma simples descrição do vocabulário, apoiada nas famílias de movimentos. E mesmo, respondendo a partir de todas essas possibilidades, não esgotaremos a resposta nunca.

Fico pensando nesse desafio... E de como seria bem construtivo criar um corpo de argumentos capaz de dar conta dessa resposta e localizar o que há nessa caixinha, chamada dança do ventre. Afinal já passou a hora de construirmos respostas diante de tantos fazeres inapropriados.

Parto para o desafio. E não é que me pego comparando o que poderia “chamar de dança do ventre”????  Isto sim. isto não. Ou isso ou aquilo.  Vejo que colado com minha tendência classificatória – arrumar tudo dentro de um nome vem outra tendência: a de comparar diversas manifestações da dança do ventre. Parto para valoração de estilos, técnicas e bailarinas. Ahhh... tal técnica é a melhor, o estilo tal é o verdadeiro, etc. Um processo de escolhas guiado por uma eleição que hierarquiza A em função de B, como se isso resolvesse a responder o que cabe na dança do ventre.  Penso que muitas escolhas se tornam “senhas”, senhas que não abrem para reflexão e se quer para uma discussão sobre.  Engessa o nosso olhar e abre espaços para a estabilização de estilos.

Nossa tendencialidade comparativa é interessante enquanto exercício na elaboração de argumentos, porém incabível em juízos de eleição. Eleger é reduzir diálogos, outras percepções, é dar um foco particular a uma dança que tem como mapa fronteiras móveis. É particularizar o que é livre de combinações e possibilidades.

Desafios/encrencas postas... Se não bastasse responder o que é “dança do ventre?” Como nos colocamos diante do plural: “danças do ventre”? É mais confortável pensar assim? Ajuda a alargar mais a caixinha? E enquanto dançarina intérprete, como preparar meu corpo diante de tantos particulares? Qual a informação/dança a seguir/apropriar-me para estar no mercado? E se eu não grifar nenhuma em particular? – Meu corpo tem a escolha de rejeitar o recurso de sublinhar técnicas?  E daí, como meu corpinho fica? Pertenço ao mercado ou não? Qual será o meu passaporte? Um passaporte com fronteiras móveis ou particulares? E além do nome (técnica de fulaninha tal), o que deveria destacar? Qual a intensidade/grifo que devo dar a essa técnica no meu corpo? Um pouco mais da técnica X, uma pitada da técnica da fulaninha tal...

Não pretendo aqui responder minhas inquietações, apenas colocá-las na mesa. Acho que de partida, já é um bom exercício. Ou quem sabe uma provocação para ajudar a pensar no quanto caímos na cilada de reduzir a dança a territórios particulares. Delimitar fronteiras, que de algum modo se tornaram móveis?

Gostaria de ir na contramão das tendências de padronização da dança em fazeres particulares. Uma voz que ajude a propagar que a dança enquanto expressão ARTÍSTICA, não se reduz a uma política mercadológica. E, se houver ainda diversidade para o exercício de escolha – porque nem sempre quantidade significa pluralidade, se possa escolher ciente do para quê? Principalmente porque a inserção no mercado da dança do ventre e a empregabilidade estão diretamente proporcionais as escolhas feitas. Dança-se pelo que essa escolha representa - a filiação mercadológica. Este é o passaporte, a grife que você dança.

Neste cenário que às vezes parece incluir, mas que tende a exclusão, como prosseguir sem o desejo de etiquetar meu corpo, mas usar das diversos grifos particulares para a construção de uma dança co-autoral (sem autorias impostas)? Estar no palco – dançar sem  escolher a música da moda, a roupa do atelier da moda, ao grifo particular – etiqueta filiada, coleções de passos pré-determinados e muitas vezes já conhecidos pelo público, que também é uma réplica desse sistema?!!!! Enfim... Será que o que nos resta hoje, é embrulhar a caixinha da dança do ventre com papel etiquetado por alguma grife do mercado?

Mais do que esgotar respostas... Deixo esse texto como resposta a minha capacidade de indignar-me,  em específico com um sistema que denomina dança/arte um corpo etiquetado. 

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

ELISA E SEUS PENSAMENTOS CORPORIFICADOS...

Então... Desde que Lisoca começou a comer as papinhas, tenta de tudo para não comer o pratinho todo. Conversa com a boca cheia, aponta para os objetos mais óbvios que temos - sofá, porta-retrato, vassoura, balde, etc. Tudo para dispersar e assim conseguir colocar a mamãe, aqui, no bolso. Como estratégia de sobrevivência, criei um código de recompensa - ao final da saga - alimentar Maria Elisa, grito: "acabouuuuuu" e levanto os braços, seguido de um bater de palmas, como um parabéns. Não é que Lisoca aprendeu? Já na terceira garfada, ela mesma levanta os braços e bate as palminhas, como se falasse: "acabou mamãe". Juntas rimos... e ela continua levantando os bracinhos, na 4ª, 5ª garfada... Pensamentos corporificados de minha bebê. 







segunda-feira, 22 de agosto de 2011

BOM COMEÇO









Essa foi minha turma de alunos da disciplina TCC- Trabalho de Conclusão de Curso/2011.1 do Curso de Licenciatura em Dança da Universidade Federal de Sergipe. E posso considerar pelo reconhecimento da turma em público, que fizemos um bom trabalho. Vejam que lindos presentes recebi. Essas imagens, valem mais que qualquer palavra aqui escrita. Obrigada meus queridos!

domingo, 21 de agosto de 2011

PARA REFLETIR..."SEJA INVISÍVEL"

Passeando nos meu links habituais, me deparo com o blog da minha ex-colega de pós no COS-PUC/SP (ex, porque já defendeu a dissertação) e como de costume, reflito. As palavras de Ludi chegam para repensarmos no modo como "também" a audiência e visibilidade "podem" ser a derrocada do ser humano.

CLIQUEM:

http://costuradaparadentro.blogspot.com/2011/08/seja-invisivel.html

Eu bem que andava precisando de certa acidez...obrigada Ludi!!! Minha Poliana está de volta.




sábado, 20 de agosto de 2011

Impressões Capturadas

"OS TEMAS DO MUNDO SÃO POUCOS E SÓ OS ARRANJOS INFINITOS" - falou Barthes


Fico pensando... O que nos resta, se não nos reiventarmos? Delirar um pouco, para não sucumbir as maldades dos outros. Eu, por exemplo, me reivento com Maria Elisa, com a dança, com a possibilidade de ser uma compartilhada com cada aluno (a) que passa ou passou na minha vida... Muitos "eus" espalhados no mundo.



terça-feira, 16 de agosto de 2011

UM BOM MOTIVO PARA RETORNAR...


Tantas coisas para escrever, que sinceramente não sei por onde começar. Elisa me ensina a cada minuto. A sua disponibilidade, abertura para vida, faz dos pequenos instantes grandiosos momentos. Tudo, escrevo TUDO, não passa desapercebido e parece ter sua importância num instante de descobertas. O toque do celular, que faz com que ela levante a sobrancelha e insinue que esse outro ruído quebra o silêncio dos sons conhecidos. A preferência pelas coisas miúdas, da “sujeirinha” no lençol, ao fiapo do travesseiro, a linha da minha blusa descosturada, da bolinha de papel, etc. Pequenos detalhes que são motivos de exploração com o dedo indicador, olhos e muitas vezes boca.
Estar ao seu lado no “reino infinito das descobertas”, me faz perguntar o que foi feito da disponibilidade para estar vivo? Viver "INTENSAMENTE" cada segundo da vida? Descobrindo encantamento nas coisas mais bobas e sem graça, que muitas vezes foram anestesiadas pela estupidez da “desimportância”.
Filha minha, presente de Deus, o seu riso solto e seu olhar encantado por um rodo de limpeza, me vivifica e me ensina que a vida é isso: estar disponível para encantar-se, ainda que seja por um rodo de limpeza.
Hoje me pergunto o que seria da minha vida sem Elisa?!!!! Com ela aprendi a depurar afetos, a dar sentido as coisas mais básicas e rotineiras, estabelecer prioridades e o mais difícil, ESTAR DISPONÍVEL para fazer bolinhas de “cuspe”, rir do rodo, sentir o sol pela manhã, brincar com imagens no espelho e... não esquecer que já fomos criança um dia. Obrigada meu Deus!




quinta-feira, 5 de maio de 2011

APRESENTANDO OUTRA CRIA...

Durante a minha gestação em São Paulo, enquanto estudava sobre BLOG para o doutorado em Comunicação e Semiótica, resolvi também gestar outra cria - outro Blog para minha filha Maria Elisa. A gestação como estudo de corpo para mães, filhas e também um arquivo pessoal para quandoElisa entender o amor em palavras. Confesso que também está desatualizado, mas em breve retomo minha atividade de blogueira.


MAIS UMA CRIA PARA VOCÊS SE DELICIAREM...




VISITEM!


Beijinhos...

domingo, 3 de abril de 2011

SAUDADES DESSE LUGAR DE FALA...

QUERIDOS...


ESTOU VIVA! E não deixei o blog no esquecimento... e nem tão pouco minhas palavras sairam de férias. Acontece que com a mudança para Aracaju, começo das aulas na Universidade e filhota a todo vapor... tive que dar uma pausa. Sem contar o doutorado que tem me tirado o sono. MAS PROMETO VOLTAR EM BREVE. SAUDADES!!!!!